A CIPA tem a função de atuar de forma estratégica e contínua para identificar, prevenir e minimizar os riscos que possam comprometer a integridade física e mental dos trabalhadores. Ao trabalhar de forma colaborativa com empregados, empregadores e outros setores da empresa, assegurando condições de trabalho mais seguras e preservando a saúde de todos. Logo, a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e Assédio é uma estrutura fundamental para promover a saúde e a segurança no ambiente de trabalho. Por isso, neste post, vamos explorar o seu funcionamento na prática, desde sua formação até a execução de suas atividades diárias.

Por fim, graças a sua abordagem proativa e inclusiva, a CIPA fortalece as relações interpessoais no ambiente de trabalho, promovendo um clima em que a segurança e a saúde são prioridades. Além disso, essa postura contribui para a aceitação e valorização dessa entidade na organização, facilitando seu funcionamento e ampliando seu impacto na qualidade de vida dos trabalhadores.

Entenda a Influência da CIPA na Empresa

A comissão desempenha um papel estratégico na promoção da segurança e saúde no trabalho. Pois, sua atuação vai muito além do simples cumprimento de normas e regulamentos: é uma ponte entre os colaboradores e a gestão da empresa.

Esse papel a coloca em uma posição estratégica como uma entidade colaborativa e preventiva, que antecipa problemas, estabelece práticas de segurança e promove uma cultura organizacional de cuidado e proteção.

Comissão reunida para entender como funciona a CIPA na prática.

Quando a CIPA atua de maneira eficaz, os resultados são amplos: reduz-se a incidência de acidentes e doenças ocupacionais, e cria-se um ambiente onde os colaboradores se sentem mais seguros e valorizados, o que naturalmente aumenta a motivação e produtividade de toda a equipe.

7 Etapas de como funciona a CIPA na prática

A seguir, exploraremos em detalhes as sete etapas fundamentais que tornam o funcionamento da CIPA eficaz e alinhado com a segurança e bem-estar dos colaboradores. Cada etapa representa um pilar na estrutura das atividades diárias da CIPA, desde a sua formação e escolha dos membros até o monitoramento contínuo e o fortalecimento do diálogo com todos na empresa.

Etapas, as quais são essenciais para construir uma abordagem prática e preventiva, que contribuam para minimizar riscos, promover a saúde e criar um ambiente de trabalho mais seguro para todos.

7. Formação da CIPA

O primeiro passo para que a CIPA funcione na prática é entender a sua implementação. De acordo com a Norma Regulamentadora NR-05, toda empresa com empregados regidos pela CLT, deve constituir uma CIPA. Desde que, enquadre-se nos requisitos legais.

A formação da comissão ocorre por meio de um processo eleitoral, envolvendo a escolha de representantes dos empregados e do empregador. Essa diversidade é crucial para garantir que a CIPA tenha uma visão abrangente dos riscos e necessidades da empresa.

Na prática, todos os colaboradores participam do processo eleitoral, que é conduzido de maneira transparente e democrática. Após a eleição, a empresa constitui oficialmente a comissão, e os membros eleitos passam por um treinamento obrigatório para desempenhar suas funções de forma eficaz.

Por fim, cada membro tem um mandato de um ano, com a possibilidade de reeleição, assegurando a continuidade do trabalho de prevenção de acidentes e promoção de um ambiente de trabalho mais seguro.

6. Reuniões periódicas

Os membros da CIPA mantêm a comissão ativa e eficaz por meio de um compromisso contínuo. Eles realizam reuniões regularmente, geralmente de forma mensal e presencial. No entanto, convocam reuniões extraordinárias em situações de urgência, como após um acidente ou a identificação de um novo risco.

Integrantes CIPA participando de reunião da categoria

A comissão acompanha constantemente as condições de trabalho e os riscos por meio dessas reuniões. As quais, seguem uma pauta bem definida, discutindo todos os tópicos importantes de maneira organizada e eficiente, garantindo que nada seja deixado de lado.

Além disso, a comissão registra as decisões tomadas em atas, permitindo acompanhar as medidas implementadas ao longo do tempo e garantindo que a CIPA se mantenha atualizada sobre os riscos, estando pronta para agir rapidamente quando necessário.

Vale destacar que a presença dos membros nas reuniões é obrigatória, exceto em casos de justificativa formal. A ausência injustificada em mais de quatro reuniões pode resultar na exclusão do membro da CIPA.

5. Identificação de riscos e promoção de medidas preventivas

No cotidiano da empresa, a CIPA foca na identificação e correção de riscos no ambiente de trabalho. Os membros da comissão realizam inspeções regulares, observam potenciais fontes de perigo e sugerem melhorias.

Graças ao treinamento especializado que recebem, os integrantes da CIPA são capazes de identificar detalhes que poderiam passar despercebidos pelos demais funcionários, o que torna essa análise minuciosa extremamente valiosa.

Quando identificam um risco, os membros da CIPA atuam rapidamente, tomando as providências necessárias para corrigi-lo. Após a identificação, a comissão propõe e acompanha a implementação das medidas preventivas sugeridas.

Membro da comissão cumprindo o dever da CIPA de identificar riscos.

De modo geral, a CIPA e a gestão da empresa colaboram na implementação dessas medidas preventivas. A comissão faz as recomendações e monitora a aplicação das medidas, enquanto a empresa fornece os recursos necessários para que as mudanças sejam efetivamente implementadas.

Além disso, a CIPA tem a responsabilidade de orientar os funcionários sobre práticas seguras e a importância de seguir as normas de segurança. Sendo essencial para reduzir o número de acidentes e doenças ocupacionais.

4. Treinamento e capacitação dos membros

A capacitação contínua dos colaboradores é um dos pilares da atuação prática da CIPA. Portanto, essa capacitação é essencial para garantir que os membros da comissão estejam devidamente preparados para desempenhar suas funções com competência e responsabilidade.

Por isso, a participação de todos os membros da CIPA é crucial, especialmente em setores com maior risco de acidentes, onde o conhecimento atualizado é vital para a prevenção. Por fim, esses treinamentos são organizados para aumentar o nível de conhecimento e conscientização de todos sobre a importância da segurança no trabalho.

Devido à importância desse processo, a legislação trabalhista exige que profissionais qualificados e atualizados sobre as novas normas e práticas de segurança realizem os treinamentos. Pois, isso garante que as ações de prevenção sejam eficazes e alinhadas às necessidades do ambiente de trabalho.

3. Integração com outros setores

Para que a CIPA opere de forma eficaz, é necessário que haja uma integração com outros setores da empresa, como o departamento de segurança do trabalho, recursos humanos, a alta administração e o SESMT, quando disponível.

Essa parceria permite que a comissão tenha acesso a informações importantes, como estatísticas de acidentes, relatórios de inspeções e dados sobre o absenteísmo. Contribuindo para uma abordagem mais abrangente, que envolva tanto a prevenção de acidentes quanto a promoção da saúde dos colaboradores.

O ‘cipeiro’ deve participar ativamente das ações de prevenção, conhecer os principais riscos à segurança e saúde no estabelecimento, relacionar-se com o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT), enfim, cumprir realmente as atividades de um prevencionista na empresa.

José Almeida, coordenador da Canpat, Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho

Além disso, a sinergia entre a CIPA e os demais setores é essencial para a eficácia das ações de segurança, facilitando a implementação das medidas propostas pela comissão.

Ao promover essa integração, a empresa reforça a importância de uma abordagem preventiva e colaborativa, essencial para o sucesso das iniciativas de segurança no ambiente de trabalho.

2. Monitoramento e ação contínua

Um dos principais desafios da CIPA é garantir que as medidas de prevenção sejam efetivamente implementadas. Identificar os riscos é apenas o início, pois é necessário que a empresa coloque em prática as recomendações da comissão.

Para que esse processo de monitoramento ocorra, a integração com os setores responsáveis pela gestão de saúde e segurança do trabalho é essencial. Pois, dessa forma, serão avaliados continuamente as condições de trabalho e os resultados obtidos com as medidas já aplicadas, contribuindo para o processo de monitoramento e ação contínua.

Comissão CIPA monitorando as ações de prevenção implementadas pela empresa.

Ademais, a partir dessa análise, a CIPA pode verificar se as ações estão sendo eficazes e, quando necessário, propor novas soluções. 

Esse ciclo constante de monitoramento, avaliação e ajuste assegura que a prevenção de acidentes e doenças seja uma prioridade, garantindo que os objetivos de segurança sejam atingidos de forma prática, eficiente e duradoura.

1. Relacionamento com os colaboradores

Outro dos principais desafios da CIPA na prática é manter um bom relacionamento com os trabalhadores. Pois, a comissão precisa ser percebida como uma aliada na promoção da segurança e saúde ocupacional, e não como uma entidade de fiscalização ou punição.

Para alcançar esse objetivo, é essencial que os colaboradores sintam-se à vontade para compartilhar suas preocupações e sugestões em relação às condições de trabalho. Por isso é de extrema importância que os integrantes da comissão estejam sempre abertos ao diálogo, escutando os colegas e buscando soluções que beneficiem a todos.

“Percebemos, ao longo dos anos, que não se trata apenas de atender às exigências legais, mas, sobretudo, de ter um amplo trabalho de conscientização entre os funcionários. Sempre falo para a minha equipe que o ‘cipeiro’ tem que ser visto como um amigo, porque é ele quem vai ajudar a prevenir e evitar um acidente de trabalho”

 Ronald de Vasco Junior, diretor da Ademi/AL, Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Alagoas

E, para que isso aconteça, a CIPA pode criar canais de comunicação direta com os colaboradores, como caixas de sugestões ou reuniões abertas, incentivando os trabalhadores a participarem ativamente das ações de segurança.

Esse diálogo transparente e constante fortalece a confiança mútua e cria um ambiente no qual os trabalhadores se sintam verdadeiramente parte do processo de prevenção de acidentes e promoção da saúde.

Por fim, essa proximidade entre a comissão e os colaboradores permite que problemas sejam identificados e resolvidos de forma mais rápida e eficaz.

Comissão CIPA interagindo com seus colaboradores, buscando construir um bom relacionamento.

A CIPA, é fundamental para garantir um ambiente de trabalho seguro e saudável, atuando de forma proativa e colaborativa.

Quando bem estruturada e comprometida, ela vai além da simples identificação de problemas, pois propõe soluções que efetivamente transformam o local de trabalho em um espaço mais seguro para todos.

Logo, o sucesso da comissão depende do seu compromisso com o monitoramento contínuo e a manutenção de uma comunicação aberta com os colaboradores, dessa forma assegurando a eficácia de suas ações.

Em suma, a CIPA na prática é um componente vital para a prevenção de acidentes e doenças, engajando toda a equipe em uma cultura de segurança e garantindo que a empresa esteja sempre em conformidade com as normas de saúde ocupacional.

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